terça-feira, 6 de maio de 2008

Vai começar a faltar Algo na mesa do povo

Arroz, feijão, óleo e carne. Acredito que seja o básico que toda casa possua. Tanto a casa do rico quanto do pobre, todos se alimentam basicamente disto.
Porque então, em meio a uma crise dos alimentos, já consagrada, de efeitos globais, o governo compra sacos de arroz para revender depois? Para fazer mais dinheiro, pois o arroz é algo que não deixará de ser comprado, e quando estiverem atrás desse arroz o governo venderá a preço mais alto do que comprou. Isso tudo gera um ciclo. O governo compra o arroz por um preço X, vende ele depois por um preço X + 1, quem o comprou o irá levar então ao consumidor com o preço X + 2, isso sem contar o imposto já incidido e acumulado em todas as etapas, mesmo o governo já tendo ganhado dinheiro em cima desse alimento.
O preço do arroz já ultrapassa a marca de R$10,00 (dez reais). E o governo ainda pretende ganhar dinheiro em cima, duas vezes, comprando e revendendo e gerando tributos.
Quem paga o pato não somos nós, que temos condições de ter um computador para estarmos lendo esta matéria, mas sim o brasileiro pobre que vive, a maioria, com um salário mínimo no bolso o mês todo, às vezes um pouco a mais, mas que de toda forma é difícil manter uma casa com tais valores. Ainda por cima com um preço tão absurdo de um alimento essencial a todos. Segundo dados do Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB na sigla em inglês), os habitantes dos países pobres gastam 60% de sua renda em comida, o Brasil embora não seja um país pobre, conta com um número alto de pobreza, e creio que os gastos de nossos pobres se não são superiores, pelo menos quase igualam a isso, com relação a alimentação. Até por causa da alta carga tributária que somos obrigados a pagar, direta ou indiretamente.
O problema é que o consumo de arroz não irá diminuir devido a alta, pois trata-se de alimento essencial na mesa de praticamente todo brasileiro. Mas o pobre passará a ter mais dificuldade para comprá-lo, e para aqueles da classe média, que sempre fizeram gentilezas algumas vezes por ano distribuindo cestas básicas, passa a ficar cada vez mais difícil adquiri-las e distribuí-las, pois o preço das mesmas também encontra-se absurdo.
Da forma como as coisas vão sendo conduzidas, daqui alguns anos veremos gente morrer de fome no Brasil, pois passará a ficar inviável a compra de alimentos, tanto para o consumo, quanto para doação, pois de ambos os lados começará a ferir cruelmente os bolsos dos brasileiros. O pobre como não terá dinheiro para comer, irá passar fome, passando fome, não irá trabalhar, pois ficaria humanamente impossível realizar algum esforço, pois sabemos que o trabalho pesado são eles que fazem, sem trabalho logo morrerá de fome não só ele, mas toda a família, e sem eles não haverá produção de nada, pois serão substituídos por quem, por mais mortos de fome?
Acredito que tais alimentos, o arroz, o feijão, o óleo e a carne são itens imprescindíveis para a manutenção da vida, e que são itens que não deveria ser cobrado tributos, mas que se forem cobrados, que seja algum valor irrisório, mínimo, assim como de medicamentos.
O país, recentemente, gastou mais R$500.000,00 (quinhentos mil reais) na busca pelo padre voador desaparecido, que não resultou em nada, e o pobre, que trabalha e mantêm o país erguido, tem que pagar tais preços em alimentos que são itens de sua própria subsistência, necessários para que continuem a viver, sem poderem gastar um pouco de seu suado dinheiro com algum luxo que desejem manter, ou então, não podem receber ajuda do governo para custear suas despesas com tratamentos médicos e farmacêuticos que vão muito além do que poderão ganhar talvez em toda uma vida de trabalho.
Daqui alguns dias nem ao estádio assistir seu time do coração o pobre vai ter chance de ir. Gradativamente vemos os preços dos ingressos aumentarem, em se tratando de libertadores mesmo, são preços absurdos, me lembro que quando o Goiás a disputou, salvo engano, o preço era de R$40,00 (quarenta reais) a arquibancada. A geral já foi abolida, para começo de conversa, em libertadores, o preço é esse, em final de campeonato, aproveitam para aumentar os ingressos, do jeito que as coisas vão indo, o pobre não terá mais nem pão nem circo, no máximo umas migalhas seguido de fantástico.

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